O aquecimento global é uma realidade e vários governos, empresas, famílias e indivíduos têm tomado decisões e agido para que o aumento da temperatura terrestre seja contido. Após um período fora do Acordo de Paris e com reduzidos investimentos públicos em energias renováveis, os EUA reingressou no Acordo e, seguindo as propostas de campanha do novo Presidente Joe Biden, iniciou um processo de transição energética e de altos investimentos em energia solar.
O plano de governo elaborado pelo Presidente consiste em mais de US$ 555 bilhões em investimento em energias renováveis e preservação da natureza, com o objetivo de transformar 100% das matrizes energéticas do país em energia limpa até 2050. Cerca de US$ 320 bilhões serão usados somente como incentivos fiscais para a construção de usinas solares e eólicas, além de apoio à usinas nucleares. O plano gerará por volta de 10 milhões de empregos, sem desconsiderar a relocação dos atuais trabalhadores do setor de energia não renovável.
Os EUA é responsável por 25% de toda emissão de gases do efeito estufa na atmosfera desde a Revolução Industrial e é atualmente um dos maiores produtores de combustíveis fósseis do mundo. Entretanto, uma pesquisa do grupo Rhodium estimou que, caso as medidas propostas pela administração de Joe Biden sejam tomadas, pelo menos metade da redução de emissões necessária para estagnar o aquecimento global será atingida até 2030.
De acordo com a previsão da S&P Global Market Intelligence, 44 GW de potência de geração solar será instalada em 2022 nos EUA, mais do que o dobro dos 23 GW instalados em 2021. A empresa declarou que, se a atual administração do país seguir com seus objetivos de descarbonização do setor energético, até o ano de 2035 o país atingirá uma potência instalada ainda maior.
Adalberto Maluf, diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD Brasil, empresa que acabou de anunciar o inicio da venda de carros elétricos no país, declarou que se as metas de sustentabilidade do governo americano forem atingidas, eles se tornarão a primeira potência mundial a atingir todo ciclo de emissão de carbono neutro, o que impactaria todo o mercado de fontes renováveis.
A Wood Mackenzie, uma empresa especializada em consultoria e pesquisa em energia, fez um levantamento que concluiu que o preço da energia solar diminuiu drasticamente nas últimas duas décadas e que continuará diminuindo. Estima-se que em 2030 a energia solar será a matriz energética mais barata dos EUA, Canadá, China e vários outros países.
“Enquanto o mundo se esforça para se recuperar da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19 e, simultaneamente, atender às metas climáticas e ambientais do Acordo de Paris, a energia solar está em uma posição única para avançar os esforços em direção a neutralidade do carbono e um futuro sustentável”, disse Ravi Manghani, diretor de pesquisa do Wood Mackenzie.
De fato. Em um mundo ao mesmo tempo à procura por soluções para a crise econômica gerada pela pandemia do Corona Vírus, focado em conter o aquecimento global e sedento por desenvolvimento e inovações, a energia solar se mostra um recurso chave para a solução de todas estas questões, proporcionando crescimento econômico, empregos e energia barata, sustentável e segura para que a humanidade possa transcender as atuais diversidades.
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