Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede são uma excelente alternativa de gerar a própria energia elétrica a fim de economizar. No entanto, é comum o surgimento de dúvidas a respeito do acompanhamento da geração de energia solar, e da forma que essa energia está sendo compensada na conta a ser paga para concessionária.
Por vezes a principal dúvida é em relação ao acompanhamento do consumo. Levando em consideração os sistemas fotovoltaicos conectados à rede, sabe-se que o relógio bidirecional é capaz de registrar a energia injetada na rede, e o consumo do cliente junto a concessionária.
No entanto, se o relógio registra a energia injetada na rede, logo, tais dados referem-se apenas a energia excedente do sistema. Sendo assim, a concessionária irá ter dados parciais da geração de energia proveniente do sistema fotovoltaico, visto que, a energia injetada não corresponde a geração total de energia que o cliente teve no período da leitura do relógio.
Tendo em vista tais aspectos, é possível imaginar que o cliente consumiu energia além do consumo registrado a partir da leitura do relógio da concessionária. É comum nomear este consumo de uso instantâneo da energia, ou consumo instantâneo. Continue a leitura e entenda de que forma isto ocorre e como é possível calcular o consumo instantâneo de um período.
O que é consumo instantâneo?
O consumo instantâneo corresponde a energia gerada pelo sistema fotovoltaico que é consumida instantaneamente pelos aparelhos em uso na residência no momento da geração, como: geladeira, máquina de lavar, chuveiro, por exemplo. Sendo assim, essa energia é consumida antes de ser injetada na rede da concessionária e não é medida pelo medidor bidirecional.
Dessa forma, o consumo dos dispositivos citados não foi suprido por meio da concessionária, logo, a fatura de energia não irá considerar tal consumo. Por conta disso, após ter energia solar o consumo registrado na fatura diminui. Isto ocorre não apenas devido ao fato de o indivíduo estar economizando por gerar a sua própria energia, mas também em decorrência da existência do consumo instantâneo.
No entanto, nos momentos em que o sistema fotovoltaico não está gerando energia, como por exemplo, a noite, a energia consumida passa a ser proveniente do fornecimento de energia da concessionária. Visto que o sistema fotovoltaico injeta a energia excedente na rede, parte do que tiver sido injetado será compensado nos momentos que o sistema não estiver gerando energia.
Como calcular o consumo instantâneo?
Após ter uma usina fotovoltaica, o cliente passa a ter que considerar dois consumos, o consumo da concessionária que é registrado na conta, e o consumo instantâneo. Sendo assim, o consumo na conta de luz não representa mais todo o consumo real.
É possível identificar o consumo real realizando a soma do consumo registrado na conta de luz, e o consumo instantâneo. Então como é possível obter o valor do consumo instantâneo? Confira a seguir!
Primeiramente é necessário considerar a geração de energia solar registrada no período de leitura da fatura. É importante considerar a geração no período de leitura da fatura e não considerar apenas o mês de referência pois, por vezes, o período de leitura não é contado a partir do 1º dia do mês.
Dessa forma, é possível obter o consumo instantâneo considerando a geração de energia do período, e subtrair desse valor o quanto de energia foi injetada na rede. O resultado da subtração irá representar o consumo instantâneo no período da análise.
Caso tenha sido gerado créditos de energia no período de leitura da análise, além de subtrair a energia injetada na rede, será necessário subtrair também os créditos referentes ao período. Pois ainda que os créditos de energia permaneçam como saldo a ser compensado em outros meses, tais créditos representam parte da energia que foi injetada no período, logo, é necessário considera-los ao realizar o cálculo para obter o consumo instantâneo. Assista ao vídeo que preparamos sobre o tema!
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