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Efeitos da Crise Hídrica em 2022

Mesmo com o elevado índice pluviométrico dos meses de Outubro e Novembro, em comparação à média prevista, o sistema elétrico brasileiro continua sobrecarregado e dependente das usinas termelétricas. O grau de índices de armazenamento das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que correspondem a 70% do fornecimento de energia do Brasil, saíram de um baixíssimo índice de 18,05% em Setembro para apenas 19,32% no dia 23 de Novembro.


Para que ocorra uma melhora significativa nos índices de armazenamento, seria necessário contar com um alto índice pluviométrico neste verão. Todavia, o fenômeno chamado La Niña, que tem causado baixas temperaturas desde o mês de Outubro, durará até meados de 2022. Assim, os cientistas preveem que este verão apresentará temperaturas mais amenas, fazendo assim com que chova menos do que o necessário para atingir o desejável índice de armazenamento de água no sistema hidrelétrico brasileiro.

O consumidor já terá que arcar com um custo de R$ 140 bilhões, equivalentes ao dinheiro gasto com o acionamento das usinas termelétricas para que não houvesse apagões ou racionamento de energia elétrica no país até o presente momento. Este dinheiro seguirá sendo cobrado do consumidor através do contínuo acionamento da bandeira vermelha na conta de luz. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), através de uma análise feita por seu time técnico, já prevê um aumento de 21,04% no preço da conta de luz para 2022.

Sem previsões para um alívio significativo nos níveis dos reservatórios, 2022 chegará com seus próprios desafios para a crise hídrica. Portanto, em um cenário mundial de escassez de água, a solução para a questão do abastecimento de energia para o país está na busca de alternativas. Matrizes energéticas que não dependem das chuvas ou dos combustíveis fósseis poluentes e caros são a melhor opção tanto no âmbito financeiro quanto no da segurança energética.

O aumento da contribuição das matrizes renováveis, como a solar, para a produção de energia no Brasil é o caminho mais barato e e seguro de garantir o abastecimento de energia necessário para o contínuo desenvolvimento do país. Ademais, o investimento em energia limpa contribuirá para a contenção do aquecimento global, pauta central entre líderes do mundo inteiro. O fato das matrizes energéticas sustentáveis serem mais baratas são um bônus que agregarão não só ao bolso do consumidor, mas serão um incentivo a mais para a recuperação financeira do país.


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