Recentemente o Brasil tem passado por uma grave onda de frio. Lugares onde antes o inverno era brando tem atingido temperaturas baixas sem precedentes. No extremo sul do país, chegou a nevar como em países nórdicos. Estes eventos não são isolados. Ao redor do globo, países tem experienciado eventos climáticos extremos. Na Alemanha, enchentes fizeram 173 vítimas. Na China, mais de 300 vítimas. No Canadá, ondas de calor fizeram a temperatura chegar a 49,6º C, causando a morte de mais de 500 pessoas.
Esses eventos também não são coincidência. A previsão é que eventos climáticos extremos continuem a acontecer com uma crescente frequência nos anos porvir. O aumento do nível do mar, o descongelamento do Ártico, mudanças drásticas nos biomas e o aumento da temperatura terrestre é uma realidade do presente e, se não for remediada, a vida como é conhecida pela humanidade pode mudar drasticamente.
De acordo com a análise publicada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta segunda feira (09/08), as mudanças climáticas pelas quais a Terra tem passado são sem precedentes e, para que a temperatura global não ultrapasse os limites estabelecidos pelo Acordo de Paris (2015), é preciso diminuir drasticamente a emissão de gases do efeito estufa. Isto acarreta buscar o fim do uso dos combustíveis fósseis nos transportes, gás natural nas residências e empresas e queima de carvão.
"As sirenes de alarme são ensurdecedores, e a evidência é irrefutável: gases do Efeito Estufa lançados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis e desmatamento estão sufocando o nosso planeta e colocando bilhões de pessoas em risco imediato. O aquecimento Global está afetando todas as regiões da Terra, com várias dessas mudanças se tornando irreversíveis", disse Antonio Guterres, Secretário Geral da ONU.
"O relatório de hoje é uma leitura entristecedora, e está claro que a próxima década será providencial para assegurar o futuro do nosso planeta", disse Boris Johnson, Primeiro Ministro do Reino Unido, em reação ao relatório da ONU. "Nós sabemos o que deve ser feito para limitar o aquecimento global - condenar o uso de carvão à história e mudar para fontes limpas de energia, proteger a natureza e providenciar fundos para países na linha de frente", completou.
O relatório da ONU diz que várias mudanças climáticas abruptas, improváveis, mas de alto impacto, podem atingir um ponto irreversível. A única maneira de impedir que a temperatura da Terra aumente mais, causando assim desastres naturais imensuráveis e irreversíveis, é diminuindo a emissão de gases do Efeito Estufa. Interferir com biomas pré estabelecidos, causando por exemplo o alagamento do habitat natural de animais silvestres para fins de criar mais usinas hidrelétricas, também é prejudicial, pois desloca os animais e acaba com a vegetação natural da área.
Como disse o primeiro ministro do Reino Unido na citação acima, o caminho para limitar o aquecimento global é migrar para fontes limpas de energia e proteger a natureza. As usinas hidrelétricas, além de interferir com a natureza, são dependentes das chuvas já comprometidas pelas mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. As energias Solar e Eólica são o único caminho possível para continuar produzindo e aproveitando os privilégios da vida moderna. A energia solar é mais confiável que a eólica, pois o Sol é constante, e sua instalação é bem mais simples. E o Sol é inesgotável por, pelo menos, os próximos bilhões de anos.
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