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História da Energia Solar

A Energia Solar é considerada uma invenção recente. Por ainda consistir uma pequena porcentagem da matriz energética do Brasil, muitos pensam que é uma tecnologia ainda pouco desenvolvida e exclusiva. Porém, engana-se quem pensa que o efeito fotovoltaico é uma descoberta deste século ou do passado. Foi no ano de 1839 que, na França, o físico Alexandre Edmond Becquerel, descobriu o efeito fotovoltaico.


Anos depois, o inventor estadunidense Charles Fritts, desenvolveu a célula fotovoltaica de selênio revestido de ouro, que era capaz de gerar uma corrente contínua e constante para a conversão elétrica. Essa célula tinha uma eficiência de 1%, enquanto as células fotovoltaicas comerciais atuais possuem uma eficiência de entre 14% e 21%.




Em 1905, Albert Einstein estudou e aprimorou os conceitos sobre o efeito fotoelétrico de Heinrich Hertz. Tal estudo o levaria a ganhar o Prêmio Nobel de Física em 1922. O efeito fotoelétrico é a emissão de elétrons por materiais, normalmente metálicos, perante a iluminação por ondas eletromagnéticas de frequências específicas, como a ultravioleta, que vem do Sol.


A tecnologia que permitiu a criação de painéis solares fotovoltaicos foi criada em 1930. Walter Schottky, um físico suíço, criou a célula fotovoltaica de mono-silício prática. Entretanto, foi só em 1954 que foi elaborado o chamado processo de dopagem do silício e foi desenvolvida a célula solar moderna.


À partir dessa década, o uso de painéis solares fotovoltaicos começou a ser disseminado. O satélite chamado Vanguard I foi lançado ao espaço com um painel fotovoltaico de 1 W de potência responsável por carregar seu rádio. Por consequência, iniciou-se a popularização do uso de painéis para gerar energia elétrica.


As pesquisas com células fotovoltaicas continuaram com afinco. Em 1976, a primeira célula de silício amorfo, com 1,1% de eficiência foi criada. Quase duas décadas depois, em 1992, uma equipe da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, criou uma célula de filme fino com eficácia de 15,89%. Dois ano mais tarde, também nos Estados Unidos, foi desenvolvida uma célula solar que superou os 30% de eficiência. No ano de 1999, o mundo atingiu os 1000 MW de potência.


Com o alcance desse marco, logo em seguida os primeiros sistemas fotovoltaicos passaram a ser ligados à rede das concessionárias de energia elétrica. A partir do ano 2000, 4.200 MW de potência passaram a ser produzidas por ano. Em 2006, as células se tornaram capazes de atingir 40% de eficiência e, 5 anos depois, em 2011, a micro e minigeração se expandiu como consequência da diminuição dos preços dos painéis, causados pela alta demanda.


No Brasil, a energia solar tardou um pouco em chegar, mas chegou com toda a força. No ano de 2011 que a primeira usina solar foi instalada em território nacional, no município de Tauá, no Ceará. Em 2012, iniciou-se o processo de regulamentação do uso da energia solar. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estabeleceu condições gerais para o acesso de micro geração e mini geração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica, assim criando também o sistema de créditos para aqueles que possuem painéis solares.


Desde então, o mercado de energia solar tem crescido de modo acelerado. O mercado de energia solar no Brasil cresceu 1.181% desde 2016. De acordo com a Aneel, têm crescido, em média, 25% por trimestre em 2021. Diante de tal progresso, a Bloomberg New Energy Finance prevê que a matriz solar comporá 21,5% da geração de energia no Brasil até 2050.


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